As perturbações do sono são comuns entre os adultos. Os estudos revelam que cerca de 5% da população mundial de adultos sofre de insónias e 20% de disfunções relacionadas com a apneia do sono. São números preocupantes, tendo em conta a importância do sono para a saúde do nosso organismo.
Desde o nosso nascimento até à morte, os nossos padrões de sono sofrem alterações significativas, especialmente no que diz respeito à sua duração.
Bebés e crianças poderão dormir de 10 a 14 horas por dia
Jovens adultos poderão dormir de 6,5 horas a 8,5 horas por dia
Idosos poderão dormir de 5 a 7 horas por dia
É aos 60 anos, caso seja mantido um estilo de vida saudável e seja promovida a saúde que a duração do sono estabiliza. Os padrões de sono também sofrem alterações com a idade e, em todas as idades, a sua compreensão é fundamental para tratamento de patologias relacionadas com o sono.
Apesar de parecer contraditório, o declínio na duração do sono pode ser acompanhado por melhorias nos seus padrões e pode levar a um sono com mais qualidade. Os idosos têm menor tendência a queixar-se de problemas com o sono que populações mais jovens.
Existem diversas perturbações do sono, transversais a todas as idades. São elas as insónias, a narcolepsia, a hipersonia, a parassonia, entre muitas outras. No entanto, a duas principais perturbações do sono que afetam a população mundial são as insónias e a apneia do sono.
Síntomas das insónias são,
dificuldade em adormecer na hora de dormir
Acordar a meio da noite com dificuldade em voltar a adormecer
Acordar muito cedo de manhã com dificuldade em voltar a adormecer.
Os adultos que sofrem de insónia e não a tratam têm uma probabilidade 23% superior à restante população de desenvolver depressões e sintomas depressivos
Aumento do risco de problemas cardíacos
Diminuição generalizada da qualidade de vida
Estudos recentes revelam que sintomas de insónia podem levar a um aumento do risco de cancro na próstatprósta.
É importante refletir sobre a dicotomia das insónias e depressão, um indivíduo com depressão tem uma maior tendência a ter insónias e um indivíduo com insónias tem uma maior tendência a ter depressões. Como tal, a determinação da causa-efeito é essencial para o tratamento correto de ambas as patologias.
O tratamento da insónia, especialmente em idosos, deve ser feita de uma forma não farmacológica, recorrendo a terapias como a estimulação cognitiva e educando o utente para a higiene do sono. Caso não tenha resultados evidentes no tratamento da patologia, o médico deve iniciar uma terapia farmacológica.
Idosos institucionalizados podem ser afetados por barulhos e luzes durante a noite, dependendo da natureza da instituição. A redução dos estímulos externos mostrou-se não ser suficiente para o tratamento do problema, devendo o médico intervir com outras terapias farmacológicas ou não.
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