Reumatismo: o que é e como tratar

Dicas No.421 | postado em Martes, 28 Febrero 2023

Dentro desta definição, enquadram-se inúmeras enfermidades com localizações e características muito diferentes, que atingem as estruturas articulares e musculares do organismo. São doenças degenerativas, muito relacionadas com o envelhecimento, e, por isso, a sua frequência tem vindo a aumentar, dado o aumento de esperança de vida média. Atualmente, conhecem-se mais de 150 tipos diferentes de doenças reumáticas.
A cada momento, cerca de 2,7 milhões de portugueses sofre de algum tipo de queixas reumáticas, o que equivale a 25,7% da população. E 10% tem a doença num estado grave e incapacitante. As mulheres tendem a ser mais afetadas, correspondendo a cerca de 60% do total dos casos.
A queixa mais comum de reumatismo é, sem dúvida, a dor. Ela tende a variar na sua intensidade, no seu ritmo, na sua localização em função do tipo de doença reumática, sendo essas características relevantes para o diagnóstico. Por exemplo, é importante distinguir a dor mecânica, que surge com o esforço sobre a articulação doente, da dor inflamatória, mais intensa ao acordar.
Outros sintomas frequentes são o calor e inchaço das articulações e a sensação de fraqueza ou rigidez ao executar atividades mínimas, como abotoar uma camisa ou escrever. Os doentes podem referir ainda fadiga acentuada, falta de energia, ou sensação de mal-estar.
Uma vez que podem afetar outros órgãos, as manifestações dependem dos locais atingidos.
As causas variam em função das diversas doenças reumáticas. De um modo geral, as mais comuns são as formas degenerativas, em que o aparelho locomotor vai perdendo as suas características originais, como acontece nas artroses e na osteoporose, as inflamatórias, como a artrite reumatoide ou a espondilite anquilosante; as infeciosas, as imunológicas, como o Lúpus eritematoso sistémico e a esclerodermia; e as metabólicas, como a gota. Está também identificada uma predisposição genética para as várias formas de doenças reumáticas.
Não têm cura, sendo a exceção as formas infeciosas. Contudo, isso não significa que ser portador de uma doença reumática implique uma fonte constante de sofrimento obrigatório. Os tratamentos disponíveis permitem, em muitos casos, a manutenção de uma boa qualidade de vida.
Como existem dezenas de diferentes doenças reumáticas, o seu tratamento varia de caso para caso.
É importante a proteção do aparelho locomotor, conservando a energia, protegendo as articulações afetadas, não as sobrecarregando, realizando exercícios que melhorem a mobilidade e, de um modo geral, mantendo-se ativo.
Outros aspetos a considerar são uma alimentação equilibrada, o controlo do peso, a adoção de uma postura correta, e a escolha de sapatos e de um colchão adequados.
 

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