As doenças cardiovasculares são a maior causa de morte em todo o mundo.
Apesar dos extraordinários avanços no diagnóstico e tratamento destas doenças terem permitido uma redução na sua mortalidade e morbilidade, assistimos a um aumento do impacto dos fatores de risco, que são responsáveis pelo aumento generalizado da sua prevalência.
Se existem fatores de risco para as doenças cardiovasculares que não podemos modificar o sexo, a idade e os genéticos, a maioria deles, como o tabagismo, a hipertensão arterial, a diabetes, a dislipidémia, o sedentarismo e a obesidade são modificáveis e dependem maioritariamente do nosso estilo de vida.
Existe hoje suficiente evidência de que o consumo de tabaco, para além de estar associado a maior incidência de cancro, de doença pulmonar obstrutiva crónica, de Acidente Vascular Cerebral entre outras, é um fator de risco extremamente importante nas DCV . Os fumadores apresentam piores indicadores de saúde do que os não fumadores e uma esperança de vida menor. A probabilidade de vir a ter um enfarte agudo do miocárdio é três vezes maior no fumador comparado com o não fumador. E o risco de DCV aumenta proporcionalmente com a duração do tabagismo em anos e o número de cigarros fumados por dia.
Parar de fumar tem benefícios em qualquer idade, tanto maiores quanto mais cedo se verificar o abandono do tabaco.
Parar de fumar traz benefícios imediatos para a saúde e a médio-longo prazo. Os fumadores que abandonam o hábito antes dos 50 anos diminuem em 50% o risco de morrerem nos próximos 15 anos e após 1 ano de abstinência o risco de DCV reduz-se para metade, quando comparados com os que continuam a fumar. A cessação tabágica em doentes cardíacos leva à redução de 36% no risco de mortalidade por todas as causas.
Outras mudanças no estilo de vida que podem fazer uma grande diferença na saúde do coração são a atividade física regular e a adopção de uma dieta saudável, que ajudam a controlar os restantes fatores de risco modificáveis como a hipertensão arterial, a diabetes, a dislipidemia e a obesidade.
É recomendado o consumo de peixe, pelo menos 2 vezes por semana especialmente de peixe gordo, como o salmão, a sardinha, a cavala, devido ao seu alto teor em ómega-3, reconhecidamente com efeitos cardioprotetores. A opção de peixe gordo ou magro, em detrimento da carne é preferível por forma a minimizar o consumo de gordura saturada.
A saúde do coração depende em grande parte de nós. A adopção de um estilo de vida saudável que contemple atividade física regular, uma dieta saudável e a abstinência tabágica, são medidas com forte impacto na redução da mortalidade e morbilidade das doenças cardiovasculares.
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