Reabilitação Cardíaca: o exercício físico é o melhor remédio para o coração

Dicas No.455 | postado em Martes, 09 Mayo 2023

O exercício físico está longe de ser uma prática que interfere apenas no peso e na aparência física do nosso corpo. Considerado um dos pilares fundamentais para uma vida equilibrada, impacta todo o nosso organismo, tendo especial influência na saúde do nosso coração. É um verdadeiro remédio.
È uma modalidade terapêutica que tem na sua base um programa de treino de exercício físico individualizado e essencial para pessoas com doença cardiovascular 
ou em risco de desenvolvimento de patologia cardiovascular. 
Com duração de entre 8 a 12 semanas, dependendo do doente, da sua patologia e estado de condição física, é um complemento à terapêutica farmacológica, acontecendo em dois momentos distintos, primeiro no ginásio do hospital, depois em casa, mas com supervisão permanente e à distância dos especialistas através de um smartwatch que permite ao médico analisar as sessões de treino.
O primeiro é controlar os fatores de risco e otimizar o tratamento da doença cardíaca que o doente tem, aponta o especialista. O outro objetivo é recondicionar o doente através de uma prescrição de exercício físico individualizada e que tenha em consideração as suas características, de forma a que seja o mais eficaz e o mais seguro possível.
A ciência já veio provar a eficácia desta modalidade no tratamento de patologias cardiovasculares. Ensaios clínicos mostram que estes programas não só melhoram a qualidade e funcionalidade de vida de pessoas com patologia cardiovascular ou com fatores de doença cardiovascular, como interferem na história natural da doença.
Para quem é dirigido o programa de Reabilitação Cardíaca:
 Há dois grandes grupos. Por um lado, é recomendado para pessoas que têm doença cardíaca diagnosticada, que têm história prévia de ataque cardíaco, que já foram submetidas a cateterismo cardíaco ou que têm insuficiência cardíaca. Por outro, é ainda muito benéfico para doentes que, não tendo doença cardiovascular, apresentam um risco elevado de a vir a desenvolver, pela presença de outras patologias e condicionantes, como diabetes, pressão arterial elevada ou obesidade.  
Quem beneficia do programa de Reabilitação Cardíaca.
Síndrome coronário crónico angina estável.
Pós-síndrome coronário agudo
Pós-revascularização coronária percutânea ou cirúrgica.
Insuficiência cardíaca
Pós-cirurgia cardíaca de substituição valvular ou TAVI
Doença arterial periférica
Risco cardiovascular elevado.
Resultados de estudos mostram benefícios especialmente positivos em doentes com insuficiência cardíaca. Os programas de Reabilitação Cardíaca foram criados a pensar no doente que teve um enfarte, que fez o cateterismo e que teve alta. Mas, nas últimas décadas, tem havido bastantes ensaios clínicos que mostram que doentes com insuficiência cardíaca, em que o principal sintoma é intolerância ao esforço, a falta de ar com o esforço, melhoram do ponto de vista funcional, reduzindo substancialmente a necessidade de hospitalização por descompensação da doença.
Pode ainda ser recomendado a doentes que estão ou estiveram num processo de quimioterapia, que tem efeitos secundários no coração, como é frequentemente o caso do cancro da mama.
Apesar destes contextos distintos, os benefícios deste programa são iguais para todos. Aumento da qualidade de vida e da capacidade funcional. Quem tem doença cardiovascular terá menor probabilidade de descompensações. Quem não tem a doença, reduz a possibilidade de a vir a desenvolver no futuro.
 

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