Demências frontotemporais designa um conjunto de doenças que afetam duas zonas do cérebro, o lobo frontal e os lobos laterais, lobos temporais. Estes são tipos de demência menos frequentes cerca de 8 a 17 % dos casos de demência em pessoas com menos de 70 anos, e que se manifestam principalmente na linguagem, em alterações de personalidade e comportamento e capacidades musculares.
As demências frontotemporais levam a uma redução do tamanho de algumas partes destes lobos, o que tende a agravar-se com o passar do tempo.
São, em alguns casos, mal diagnosticadas e confundidas, por exemplo, com doença de Alzheimer, no entanto, as demências frontotemporais desenvolvem sintomas distintos desta doença e atingem maioritariamente pessoas mais novas.
Há um conjunto de doenças que podem ter origem nos danos cerebrais nos lobos frontais e temporais.
Há um conjunto de doenças que podem ter origem nos danos cerebrais nos lobos frontais e temporais.
Os danos localizam-se no lobo frontal, o que tem influência nos comportamentos sociais do doente. Este é o lobo do cérebro que gere o comportamento e as emoções. É também a zona do cérebro que permite manter o foco prolongado numa tarefa. Consequentemente, as pessoas com demência frontal perdem inibição social, autocrítica e caracterizam-se pela apatia. Podem também desenvolver, ao longo do tempo, alguma rigidez de pensamento, inflexibilidade, e alguns sintomas semânticos, como o discurso estereotipado e curto - por vezes, até o mutismo.
Apesar de se incluírem neste grupo várias doenças, as formas mais comuns de demência frontotemporal são semelhantes nos seus sintomas. Todas elas tendem a desenvolver-se ao longo do tempo e afetar a memória, mas os seus sintomas iniciais manifestam-se a nível comportamental, da linguagem e motor.
Comportamento socialmente desadequado
Perda de empatia e insensibilidade em relação aos sentimentos alheios
Falta de discernimento e reações exageradas
Perda de ambição e interesses no dia a dia, vontade de passar o dia na cama, algo que pode ser confundido com depressão
Dificuldade de concentração numa tarefa e progressiva desorganização
Comportamentos compulsivos bater o pé, as mãos, etc.
Crescente dificuldade em compreender e usar linguagem escrita e falada, tendo problemas em encontrar as palavras corretas ou nomear objetos
Usar pronomes ou outras palavras mais genéricas para evitar usar a palavra específica, por dificuldade em encontrá-la e perda de vocabulário.
Tremores, Rigidez
Espasmos musculares
Má coordenação
Dificuldade em engolir
Riso e choro incontrolável
Problemas de locomoção e quedas.
As demências frontotemporais não têm cura neste momento, mas há formas de controlar alguns sintomas e técnicas para viver com estas doenças.
Medicação, para alguns problemas comportamentais
Fisioterapia e terapia ocupacional, para contornar problemas físicos e adaptar o dia a dia e os espaços do doente à sua condição física.
Para o diagnóstico destas doenças são essenciais os relatos dos sintomas, muitas vezes apenas percecionados pelos familiares e pessoas mais próximas do doente. Há ainda alguns exames que o médico especialista pode necessitar para auxiliar no diagnóstico:
Avaliação do estado neurológico, como reflexos ou tónus muscular.
Avaliação neuropsicológica, onde se inclui a memória, capacidade de resolver problemas, linguagem
Exames imagiológicos como ressonâncias magnéticas, etc.
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