A esperança média de vida entre as mulheres supera a dos homens um pouco por todo o mundo. Mas a vantagem, ao contrário do que se possa crer, é recente, e disparou durante o século XX entre os países desenvolvidos. A biologia das mulheres pode explicar muita desta diferença, mas os comportamentos de risco que são mais comuns nos homens.
As mulheres que nascem hoje têm todas as probabilidades de alcançar os 84,6 anos, a esperança média de vida à nascença em Portugal para o sexo feminino. Estamos ao nível dos países do Norte da Europa, como a Suécia. Só que neste país as mulheres conseguem atingir quase os 81 anos com uma vida saudável, quando em Portugal não chegam aos 72.
As idosas portuguesas, mais de 65 anos, têm pela frente 15,4 anos com doenças, enquanto as suecas têm uma velhice com melhor qualidade de vida, apenas 5,7 anos em média com problemas de saúde. O que significa que as posições dos dois países se alteram no que diz respeito aos anos de vida saudável. A Suécia regista uma maior percentagem, 15,8 anos, ao contrário de Portugal, apenas 6,7.
Os homens portugueses têm ligeiramente menos problemas, espera-os 7,9 anos de vida saudável, 15,4 na Suécia, e 10,4 anos com doenças, 3,8 na Suécia.
As explicações naturais, e excluindo os períodos de guerra ou os acidentes mortais, são de duas ordens, biológicas e comportamentais. Nas faixas etárias entre os 50 e os 70 anos, os homens não resistem tanto quanto as mulheres a doenças cardiovasculares, o que nos países desenvolvidos pode estar relacionado, acreditam os investigadores, com o consumo crescente e excessivo de gorduras saturadas.
Por outro lado, o consumo de tabaco, durante largos anos, foi um comportamento de risco que era sobretudo tido como sendo coisa de homens. Hoje, como antes, o tabaco continua a ser uma das principais causas de morte prematura por todo o mundo, e, por si só, representa 30 % do excesso de mortes entre os homens por comparação com as mulheres.
Nos homens, é maior a produção de testosterona, que faz com que o corpo seja maior - e é responsável por características como a voz mais grave e o corpo mais peludo.
A taxa de mortalidade dos homens aumenta muito nos últimos anos da adolescência, quando se elevam seus níveis de testosterona.
Outros fatores culturais influenciam: as mulheres entre 16 e 60 anos vão ao médico mais frequentemente do que os homens da mesma idade em diversos países.
A esperança de vida mais longa das portuguesas faz que estejam em maioria na população portuguesa em geral, mas não significa que nasçam menos meninos do que meninas, como tantas vezes se ouve dizer.
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