ALZHEIMER E PARKINSON: COMO PREVENIR E COMBATER AS DOENÇAS MENTAIS

Dicas No.447 | postado em Martes, 25 Abril 2023

Atualmente, mais de 20% dos adultos com mais de 55 anos têm ou tiveram um problema de saúde mental. Embora estas doenças sejam frequentemente negligenciadas e difíceis de diagnosticar em idosos, os seus efeitos podem afetar o estado de saúde e o bem-estar da pessoa afetada, e complicar o tratamento de outras doenças crónicas.
O Alzheimer é o tipo mais comum de demência, com uma deterioração global, irreversível e progressiva de diversas funções cognitivas, memória, atenção, concentração, raciocínio, linguagem, entre outras. Esta deterioração conduz a alterações do comportamento, da personalidade e da capacidade funcional, dificultando a realização das atividades diárias.
Os sintomas podem ser muito subtis nas fases iniciais do Alzheimer, acabando por se agravar à medida que as células cerebrais vão morrendo. No entanto, o Alzheimer costuma dar os primeiros sinais através de lapsos de memória e dificuldade em encontrar as palavras certas para objetos do quotidiano.
Para reduzir o risco de desenvolvimento de demência, lembre-se das diferentes vertentes da sua saúde, mantenha o cérebro ativo, faça uma alimentação saudável, pratique exercício físico, faça exames médicos regulares, participe em atividades sociais, não fume, beba com moderação, durma bem e proteja a cabeça de lesões físicas.
Tem-se observado um aumento da prevalência da depressão no idoso, sendo a perturbação mental mais comum nesta população.
Se não for tratada, a depressão pode levar a deficiências físicas e mentais, e afetar o desempenho social do doente. Além disso, pode interferir com os sintomas e o tratamento de outras doenças crónicas. Para piorar, a depressão geriátrica é frequentemente subvalorizada, quer pela sua apresentação clínica vulgarmente atípica, com sintomas somáticos e alterações cognitivas superiores aos sintomas afetivos, quer pelo facto de muitos idosos atribuirem os sintomas da depressão a doenças fisiológicas.
Na depressão, a palavra de ordem é a prevenção. Para prevenir esta doença no idoso é importante combater os fatores de risco mantendo, por exemplo, uma alimentação saudável e a prática regular de exercício físico. A solidão é um fator de risco muito frequente, pelo que é importante manter a integração social, procurar atividades que dêem prazer e mantenham a pessoa ativa, continuar a aprender criar novos relacionamentos e ajudar o idoso a perceber que ainda pode ser muito útil.
A doença de Parkinson é a segunda doença neurodegenerativa mais comum, afetando mais de 13 mil portugueses. Surge por volta dos 60 anos, quando determinadas células nervosas cerebrais morrem. Estes neurónios produzem dopamina, substância que ajuda a transmitir mensagens entre áreas do cérebro cuja função é controlar os movimentos corporais. A sua inexistência dificulta o controlo da tensão muscular e dos movimentos.
No início da doença, o diagnóstico é mais difícil de identificar. No entanto, esta doença neurodegenerativa caracteriza-se por alguns sintomas comuns, tremores, rigidez muscular, dificuldades em caminhar, de equilíbrio e em engolir.
Além dos tratamentos atualmente disponíveis, não se esqueça do papel do exercício físico. Este deve estar presente desde o início da doença e durante a sua progressão, já que promove a mobilidade, estimulando a autonomia e a autoestima.
O tratamento da saúde mental em idosos é um esforço de equipa, especialmente quando estes ficam incapazes de cuidar de si próprios. É importante garantir aos idosos a ajuda necessária, mal sejam detetados os primeiros sintomas. Promover o envelhecimento ativo e saudável através da criação de condições de vida e de ambiente que apoiem o bem-estar e permitam uma vida saudável, permitirá prevenir os problemas e proteger a saúde mental do idoso.

 

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